segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Luiz Fernando, homossexual assumido

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Hoje conheci o Luiz,primo da Itayara(o nome é indígena), e me diverti muito com a conversa.

Antes uma observação do Luiz: “Sempre que tem um casal, a mulher que se aproxima e inicia a conversa, o homem só fica de longe”. Preconceituoso ou não, pesem nisso.

Iniciei a conversa meio sem graça, sem muito entusiasmo, mas depois que me falou que era homossexual assumido aproveitei para fazer um monte de pergunta sobre sua vida.

O Luiz Fernando apesar de ficar afastado de todos, é um cara super descolado e meio cigano. Como não tem compromisso fixo, ele não para, a propósito está indo para Brasília amanhã e talvez volta para morar em Belo Horizonte caso venha estudar aqui.

A primeira pergunta que fiz sobre sua opção sexual foi como ele virou gay, a resposta foi simples: “sei lá, fui num acampamento e senti algo estranho pelo meu companheiro de quarto(hoje ele é gay também), depois de algum tempo me apaixonei por um camarada e resolvi assumir”.

A conversa não foi uma entrevista, mas foi desenrolando como conhecimento de uma área que não conheço.

Ao assumir sua opção sexual ele foi até a “pessoa mais sensível” para contar, sua mãe. Quando soube ela ficou horrorizada. Ao contar para o pai recebeu a seguinte resposta: “Eu já sabia”(com certeza o pai dele não é o Lula).

Falando assim parece apenas mais uma história, mas o Luiz é muito divertido, claro que tem a parte triste de sua história que não vou contar, por ser muito pessoal.

Mas no final de tudo fiz a pergunta chave: “Você tem vontade de largar essa vida e constituir uma família tradicional?” Parte da resposta é triste, mas o final eu morro de rir só de lembrar ele falando:”Eu tenho um conceito de família um pouco deturpada, pois acho que é uma troca de interesse, então não desejo isso para mim agora. Mas sobre deixar o homossexualismo existe a seguinte coisa: dizer não para algo que nunca experimentou é mais fácil, porém não é impossível largar uma prática. Ao meu ver é mais fácil recuperar um assassino, um drogado ou viciado com qualquer coisa, do que acabar com a viadagem…”

Esse é Luiz Fernando,  um cara muito divertido e de agradável conversa.

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