quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Poeta, o taxista

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Se ontem estava cansado, imaginem hoje que tive que acordar ás 4:00h para viajar. Só um detalhe antes da história de hoje, sai de Guarapari as 4:30h passei pelas praias de Vila Velha, atravessei a terceira ponte, passei pelas praias de Vitória, até chegar no aeroporto, e me perguntei: O que estou fazendo em BH? Impressionante como só damos valor aquilo que não temos.

Voltando ao objetivo, hoje foi um dia fácil para a missão. Como era uma reunião de trabalho, tive a oportunidade de conhecer várias pessoas, acompanhado por uma colega de trabalho, Fernanda, que presenciou algumas oportunidades, inclusive de famosos.

A ideia é o seguinte: conhecer famosos só vale se tiver foto junto com ele, como não tínhamos maquina deixei passar a oportunidade de abordar o Ângelo Antônio, na FENAC do Barra Shopping, e o Luciano Zafir, no Aeroporto.(será que isso é uma desculpa para a falta de coragem?)

O certo é que qualquer pessoa que conhecesse no Rio não superaria o taxista que nos levou do aeroporto ao Barra Shopping.

Minha iniciativa limita-se em fazer perguntas para puxar a conversa, mas o carioca da gema superou todos os destemidos.

Para o post não ficar muito grande, hoje vou deixar a minhas dificuldades de lado e vou compartilhar o papo de taxista e algumas situações.

1 – O camarada vai do aeroporto até a porta do shopping falando o tempo inteiro no celular, e ao chegar na porta do shopping ele fala para a pessoa no telefone: “Deixa eu desligar porque não posso levar multa, já tenho R$ 4000,00 em multas”

2 – No trânsito, passa um carro desesperado na faixa proibida, ultrapassa, e saí na frente de vários carros. O taxista fecha a cara e fala: “Olha que o cara fez.” – pausa – “Gostei, vou fazer também…”

Agora uma das histórias mais engraçadas que eu já ouvi, vou tentar usar todas as palavras dele, nada abaixo é de minha responsabilidade:

“Alguém é macumbeiro aqui? Porque eu vou na igreja de vex enquanto. Masss quando eu mexia com macumba, fui faxer uma conxulta com o cão da minha xogra, é o bixo que baixava nela. Ele apontou na minha cara e dixe  que nunca iria entrar na políxia, xó o meu  cunhado, porque eu não tinha capaxidade. Ai maluco, extudei para cara… e até em matematchica, que tchinha dificuldade eu gabaritei.

Xeguei para o meu cunhado e dixe: – Agora vai lá e fala para o cão da xua mãe que eu paxei e vou botar a farda.

Voxes acreditam que minha xogra ligou para polixia e dixe que eu tinha fixa xuja. Maxxx eu não tenho paxagem não, quem tem é o meu irmão que é militar e extá envolvido com um monte porcaria, ele extá envolvido com os caxa niqueixxx e é xeguranxa de bixeiro. Ele xai o tempo todo no xornal.

Meu caxo foi para xindicanxia, max meu irmão dixe que não tem galho não, poix xó é indixio, não tem como provar nada.

A única coisa que dei molhe foi que eu menti, porque na fixa de inxcrixão perguntaram xe eu tinha parente militar, falei que não, xou bobo?, xe elex puxam a fixa do meu irmão vai uma quilometragem de proxexos. ahahahahah. Maxxx vou moxxtrar do que xou capax para o cão da minha xogra.”

Após toda a história e ao sair do taxi, perguntei o seu nome..

Ele deu uma risadinha e disse: “Poeta, eu xou o Poeta”

Poeta, prazer em te conhecer! Foi um prazer mexxxxxxmo.

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